sexta-feira, 5 de outubro de 2007
FADUNCHO DA FALSA AMIGA
Eu não gosto de me meter
Nem que se metam na minha
Cada uma tem que viver
A sua vida sozinha
Também não gosto de intrigas
Nem de andar intrigada
A vida das minhas amigas
É lá com elas e mais nada
Mas uma coisa é verdeira
A verdade tem que ser dita
Andar armada em rameira
Não é uma coisa bonita
Há uma que anda aí
Roubando as mulheres das amigas
E afinal de contas eu descobri
Tem um amante às escondidas
O nome dela não direi
Porque não quero ser mazinha
É um segredo que guardarei
Está descansada Pancinha
Ela não gosta dele
Só o quer para a sustentar.
Diz-lhe que lhe doi o tornozelo
E vira-se para o lado a roncar
Não vai à da Macharrona
Para ir esticar as peles ao velho
Depois diz-lhe que lhe doi a coxa
A espinha e o ortelho.
Não sei como é que ele te atura
Fizeste-lhe algum bruxedo mau
Ou embruxaste-lhe a dentadura
Ou então a perna de pau.
Correu-te mal o teu plano
De dar o golpe do baú
O velho está mais novo a cada ano
E quem está quase morta és tu
Enquanto tiver língua e dedo
(Diz o velho algaliado)
Não há mulher que me meta medo
Se tá mole meto dobrado!
PS: Pode ser que alguém cante este fado
aos ovides da tua Amante
e ela descubra que lha andas a enganar...
E lá se acabarem as sopinhas de feijão...
A não ser que sejem tão porcas
que ela saiba e tejem as duas metidas no golpe ao velhe...
Cá para mim é o velhe que paga o feijão!
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Um comentário:
envejosa!!!!!
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