terça-feira, 18 de setembro de 2007

A HIENA MUTANTE



Ontem vi a Hiena Mutante!
Apareceu-me na frente, sem aviso...Ia morrendo...

Com aquela focinheira mais deslavada...
parece uma morta-viva.

Agora deu para se pintar!
Mas a mulher sabe-se lá pintar
É que nem a tinta lhe pega!

Aquilo o que foi
é que ela deve ter ido
fazer o buço e a sobrelha
ao salão de beleza da Maria Balofa.
Que é onde vão as doutoras todas do jet 7.

A Prucelina,

que é uma empregada lá do salão,
que já trabalhou comigo
mas agora como foi para lá
está cheia de soberba.
Passa por mim na rua e nem me dá de vaia.
Quando fui eu que lhe ensinei tudo o que ela sabe...
Recolhia da rua...
O pai tinha-lha expulsado ao pontapé...
Era a esfregona daquela casa!

Mas quando eu montar o meu salão
há-des-me vir pedir emprego
e eu não te vou querer nem para lavar as cabeças.

Olha lá, pensando bem, talvez te aceite,
para varreres os pêlos do chão!

Bom, a Prucelina,
não pode ver mortas!
Começa-lhe a dar caîbras nas falanges...
tremem-lhe os pinceis...
besunta aquilo tudo...
e saem de lá as madames
com as ventas todas borradas.

Ainda por cima a Hiena Mutante...
Eu nunca vi...
Coisa mais mal parida!

Por um lado dá-me pena!

É que aquilo já não vai lá com lacas,
nem pós,
nem cremes,
nem tintas...
Só um milagre!
Nem ferrado de choco lá pega !

Isto,

Quem nasceu pra lagartixa
nunca chega a corcodilo!

E depois anda aí a assombrar...

É assim filha,
onde falta pau nem à pazada!
Mas não haverá ninguém que pegue naquilo?
Não haverá ninguém que se sacrifique?

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